sábado, 19 de setembro de 2009

Parte 1 . . .

A dificuldade por ser imperfeito
Afunda no céu dos malfeitos
Incerto, incompleto,
isto é a visão do corpo desfeito

Como gostaria de voar
Tão alto... e depois despencar
Aqui na terra irei me enterrar
E com os vermes encontrar o meu lugar
A sete palmos, sinto o gosto de terra
Demônios a cassoar de mim,
minha alma, ela leva
Me abraça... me abrace
Me entrega!

Acordo, ainda vivo?
Ah! Que inoportuno destino!
Por isso, prefiro viver mentindo
Pois sonhando, termina a ilusão
daquilo que nunca tenha existido

Agonia... cadê as lágrimas?
Sou um anjo sem asas
Aquela que chamada de amaldiçoada
Chora, por palavras ditas no meio do nada

Medo... percebi que sou eremita
Que caminha na mais perfeita desarmonia
No silêncio dos gritos da menina
Que sem inocência grita, por não ter o brilho da vida

Digo que sou insana
Mesmo que vinda do túmulo
Morta é a alma desta criança
Que chora e grita em profanos cultos



Poema feito por Medye Platinun

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